‘É MELHOR SER ALEGRE QUE SER TRISTE’!

Estava no carro e tocou o Samba da Bênção. Uma música dos anos 60, época em que muitos sequer haviam nascido. “Alegria é a melhor coisa que existe… Cuidado, companheiro, a vida é pra valer. E não se engane não, tem uma só”.

Pensei na alegria de viver, nas coisas que conquistei com o suor do trabalho, e nos tempos maravilhosos que passei trabalhando em agências de comunicação. Lembrei, também, de três anos cruéis, quando, para pagar a faculdade, trabalhava em uma agência bancária – quanto sofrimento. Ali não era o meu lugar.

Fica a questão: alegria, felicidade e trabalho são possíveis? Sim, não só possíveis como fundamentais para a realização profissional – intimamente ligada ao conceito de felicidade. Hoje, já não basta um bom salário. Fatores como bem-estar e qualidade de vida são tão requisitados quanto remuneração, benefícios, plano de carreira, entre outros. Recente estudo publicado pela Harvard Business Review identificou que colaboradores felizes são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. No Brasil, pesquisas apontam que a busca por equilíbrio de vida é o principal foco profissional de 62% dos trabalhadores.

Felicidade é tão prioritária que, nos últimos anos, cargos como CHO – Chief Happiness Officer, Diretor de Felicidade Corporativa – são cada vez mais importantes para as organizações. É tendência crescente e pauta em ascensão nas discussões relacionadas à gestão de pessoas. A produtividade e a motivação dos colaboradores estão diretamente relacionadas com a felicidade, com a alegria. O entendimento de que a motivação vem de dentro já não é mais aceito e as empresas se empenham para oferecer as melhores condições de trabalho, os melhores benefícios e um clima organizacional saudável.

Vai além; a felicidade corporativa não está relacionada a um ambiente descolado, sem dress code, com máquinas de guloseimas, redes ou sala de jogos. A felicidade corporativa está intimamente ligada à saúde mental dos funcionários, onde bullying, preconceitos/racismo, Burnout e vigilância não têm mais espaço. Segurança, pertencimento, desafios capazes de fazer aflorar o melhor de cada um, recompensas, competitividade e divergências saudáveis, por exemplo, são o foco que executivos de sucesso trabalham por obter em suas empresas.

Mas, afinal, existe felicidade no trabalho?

Sim. Apesar do hard work, polêmicas e controvérsias, existe sim muita gente feliz com o que faz, com sua profissão.

Provavelmente você já ouviu a frase “escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida”. A frase de Confúcio caminha pelo tempo e ganha cada dia mais força e sentido. Um estudo realizado pelo EDC Group aponta que cerca de 90% dos entrevistados afirmaram ter mudado seus propósitos de vida durante a pandemia. O levantamento ainda apontou que 62% relataram estar mais focados em oportunidades de trabalho que facilitem o equilíbrio com atividades pessoais.

As pessoas são mais felizes quando se sentem desafiadas e quando se dedicam a algo que amam fazer. Paixão é mola mestre para o sucesso!

Exemplos de ações para a promoção da felicidade corporativa:

• Investimento em programas de comunicação corporativa que sejam eficientes e livres de ruídos;
• Cultura organizacional positiva – do onboarding ao offboarding;
• Desenvolvimento profissional;
• Atividades e convênios direcionados à saúde física e mental dos colaboradores;
• Premiações como forma de motivação e consequente reconhecimento;
• Melhora do clima organizacional;
• Jornada de trabalho flexível;
• Redução do número de reuniões;
• Promoção da autonomia dos colaboradores;
• Promoção da diversidade;
• Compensação financeira competitiva;
• Entrega de boas ferramentas operacionais;
• Formação de líderes, entre outros.

E você, profissional, é feliz com seu trabalho?

E você, empresário, é feliz com seu trabalho? Está satisfeito com a situação da sua empresa? Já parou para pensar que um investimento nessa área pode mudar toda a performance de resultados de hoje?

Indubitavelmente, é muito melhor ser alegre que ser triste!

*Samba da Bênção: por Baden Powell e Vinícius de Moraes, datilografada e enviada para Gilberto Gil em data desconhecida, na década de 1960.